sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pausa de mil compassos

O amor perfeito é breve, se é que ele existe mesmo.
O que vemos por ai são amores acomodados.
O amor perfeito é aquele que temos em mãos desfrutamos de seu corpo colhemos suas frutas e ao amanhecer ele parte para sempre com um beijo frio.
O amor que nunca mais volta, aquele que enterramos, velamos e nos despedimos.
Que está ausente no tempo mas presente na lembraça.
Que eternamente será uma criança doce e brincalhona.
A brisa o levou pelo ar, sem destino nem porto.
Orquestar o coração é desastroso com inúmeras figuras tortas ou retas.
Usei as armaduras mais feias, enarmônicas e melancólicas.
Com acordes imensos que lembrasse campos e casas baldias.
Métrico conforme a batida do teu peito.
Sambas quentes, valsas tristes.
Mas agora que eu quero mesmo em minha pauta.
È um samba feito em linhas mortas com notas mudas.
Quero uma pausa de mil compassos.

3 comentários:

  1. Caramba...
    Fiquei sem palavras.
    Tava com saudade de ler essa genialidade e sensibilidade.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. coisa linda o texto. Acabou a pausa? Entoe mais poesias!

    ResponderExcluir