sexta-feira, 8 de julho de 2011


Acorda-te para expulsar tua saudade.
Tenha cautela o fio da navalha gela teu peito, a sombra do arvoredo, a velha esquina que ao vento me sopra poesia.
O fantasma do tempo esparramado sob os prédios preenche cada espaço vazio que há por dentro.
Vazio repleto de ar, vazio cheio por dentro.
Desritmado sigo o passo do homen ferido.
Risonho por fora, mas triste por dentro.
O vazio que temos está cheio e mesmo cheio tem um bocado de espaço por dentro.

domingo, 3 de julho de 2011

O acaso


O que antes me saciava não me convém.
Tenho em mãos aquilo que em uma noite fria se procura em todo canto da cidade.
Porem nessa hora seria uma busca um tanto quanto desastrosa.
Ela está bem ao meu lado despida e crua, diz sentir muito frio.
Não me importo.
Apenas um cobertor e uma cama e boa noite.
Ela parte como quem não vai voltar, mas volta disposta a me aquecer e me fazer esquecer do buraco enorme que tem aqui dentro.
Ela é bonita e tem a pele cheirosa outrora seria bem vinda, quem sabe até uma próxima.
Ela me vê sem erros, apesar de tantos, inúmeros.
Não seria correto mentir assim.
Não me pergunte, não exija nada de mim.
Não quero qualquer sexo, nem qualquer beijo, qualquer noite.
Opa amanheceu preciso dormir. Bom dia