quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Samba Canção

Cada Gota que cai na minha costela foi ela a culpa é dela.
Cada infiltração nesse nosso amor cigano, profano.
Se caiu um avião na embaixada ou na favela, eu grito foi ela.
Se eu fico embriagado batucando em uma panela, megera a culpa é dela.
E eu não vejo graça nessa peça que me aplica, implica me domina.
Hoje tinha sol e derrepente a tempestade, foi ela só por maldade.
O guarda-chuva que eu ganhei do meu avô, não abre nem cabe.
Toda a saudade que eu levo junto ao peito, defeito não bate.

Vem cá minha pretinha vem.
Pro seu neguinho que vem.

Ele me liga toda a madrugada, me joga na cara.
Que anda com outra mulher que é pra aborrecer, mal sabe que gosto.
Desse teu jeito ranzinza do teu jeito de me comer, com olhos e bocas.
Eu não sou a santa e confesso a você, que durmo com outros.
Não adianta moço tentar me aprisionar nos quartos e salas.
Que eu sou moça feita e passageira com o tempo, um bloco cinzento.
Os pés descalços na areia contra o vento, coitado ciumento.
A brisa que bate junto aos coqueiras, refaz meu erro.

Um comentário:

  1. Ui que coisa mais linda! Quero ver a melodia!
    Isso dá samba, bossa e sucesso.

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