segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A partida

Meu bem, não pense que estou sozinho.

Porque em meu ninho sempre existiu tristeza.

Não por sua perda, não pelas desavenças.

Estou apenas cansado dessa peça.

Cada suor que me deste valeu apena.

Mas se em uma esquina qualquer me ver.

E achaste que vale apena regressar.

Venhas.

Só que desta vez não haverá juras.

Apenas suspiros intermináveis de prazer.

E quando o sol chegar pode partir.

Nem precisa mais voltar.

Não me peça para amar, não sou capaz.

Quero apenas desfrutar deste corpo macio.

Sem medo, sem amanha.

Que seja eterno quanto à lua.

Firme como o tempo.

Quente como a rua.

E se um dia por ventura me amares.

Chore,chore rios transbordando a cidade.

Até falecer com esse amor.

Stanis.S.

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