Grita, estanca o peito, peito sem desejo.
Ferida exposta, cinzas do carnaval.
Sabes mais que tudo, tudo é tão pouco.
Verde verdejante a vida é covarde.
Ergue avenidas pra tua saudade.
Quanto o poema de fato tão honesto.
Como em um soneto, um choro para Joana.
Vida se declama um quadrado exato.
Já cansei de ser o herói dessa aventura.
Um homem de ferro pela rua. (sobre a lua)
Quero a carne crua, teu sangue tuas rugas.
Ver a lua preza por um cordão.
Ducado nenhum será o meu refrão.
Ando tão sólito dentro a escuridão.
Rasgo o meu passado tranco no porão. (portão)
Luz da primavera, luz na contramão.
Quero padecer morrer nessa canção.
A vida não tem vez, mocinho ou vilão.
Stanis.S.
Stanis.S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário